Antenor
Modula e a crítica do rádio no jornal Última
Hora
2018
Luiz Artur Ferraretto
Principal responsável
pela modernização da reportagem no rádio de Porto Alegre no final dos anos
1950, João Aveline transformava-se, nas páginas da Última Hora, em Antenor Modula, o ácido crítico de profissionais,
programas e emissoras no início da década de 1960. O pseudônimo protegia o
jornalista dos rancores provincianos de seus colegas quando ele pesava a mão em
alguma crítica mais contundente. Antenor também era uma espécie de herdeiro de
Zé Antena, encarnação anterior dos tempos de Aveline no Jornal do Dia.
O jornalista dividia-se
com a militância no Partido Comunista Brasileiro. Trabalhando na edição local da
Última Hora, diário conhecidos por
suas ligações com o trabalhismo de Getúlio Vargas, Antenor Modula dava, por
vezes, vazão à verve política. Foi assim no dia do Comício da Central do
Brasil, quando o presidente João Goulart, o Jango, anunciou as reformas de base
e nas semanas anteriores ao golpe civil-militar de 1964. Com o início da
ditadura, o jornal foi obrigado a reformular sua linha editorial,
transformando-se em Zero Hora.
Coluna de Antenor Modula (13 de março de 1964)
Fonte: Última
Hora, Porto Alegre, 13 mar. 1964. UH Revista, p. 7.
Coluna de Antenor Modula (31 de março de 1964)
Fonte: Última
Hora, Porto Alegre, 31 mar. 1964. UH Revista, p. 6.
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