Rádio Sucesso, uma espécie de pioneira na
terceirização
2018
Luiz Artur Ferraretto
Anúncio da Rádio
Sucesso (1985)
Fonte: O Estado do Rio Grande, Porto Alegre, 10 mar. 1985. p. 33.
Foi uma rádio que, de
fato, não fez o sucesso esperado por seus idealizadores. No entanto, pode ser
considerada uma das primeiras tentativas de um grupo de radialistas organizados
como empresa – no caso, a Nosso Time – assumir a programação de uma emissora.
Em 1981, Antônio Carlos Contursi
– o Cascalho –, Bertoldo Lauer Filho e Noé Cardoso compram a antiga
Rádio Porto Alegre, então recém-adquirida por Marne Barcellos junto à Rede
Brasil Sul. Três anos depois,
acertam um reposicionamento da emissora no segmento de
jornalismo, com o grupo formado
por Pedro Ernesto Denardin, Paulo Mesquita, Wianey Carlet, João Garcia e Newton
Azambuja. São eles que começam a se organizar em uma empresa para dar conta da
programação da Sucesso. Com 10 kW e uma nova planta
transmissora, a Sucesso contrata, entre outros, Cláudio Cabral, Ênio Melo,
Darci Filho, João Garcia, Jorge Estrada, Luiz Fernando Gross, Mário Lima,
Newton Azambuja, Paulo Mesquita, Sérgio Boaz, Sérgio Endler, Silvio Luiz
Almeida, profissionais já conhecidos ou que ganham destaque, no futuro, em
outras emissoras do estado.
Em 1985, no entanto, o projeto começa a
enfrentar as dificuldades inerentes ao capital reduzido e à posição da rádio
nos 1.390 kHz, a outra ponta do dial, longe das demais que exploram este
nicho. A maioria da equipe transfere-se, no mesmo ano, para a Difusora. A
Sucesso acaba, assim, sendo vendida, em 1988, para o pastor Antônio Fidellis
Marin, da Igreja Evangélica Nova Jerusalém, transformando-se na Esperança AM.
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