Rodrigo Koch, a Guaíba e a cobertura do
esporte olímpico
2016
Luiz Artur Ferraretto
Credenciais de Rodrigo Koch (2000 e 2004)
Fonte: Acervo particular de
Rodrigo Koch.
Sou suspeitíssimo para falar do trabalho do jornalista
Rodrigo Koch. Cruzei com ele pela primeira vez nos corredores da Bandeirantes
AM, de Porto Alegre, eu, gerente de radiojornalismo, ele, estagiário do
Departamento de Esportes. Foi em meados dos anos 1990. Junto com outros
profissionais que estavam surgindo – André Silva, Eduardo Gabardo e Leonardo
Meneghetti, para citar mais três –, o Rodrigo era uma das grandes promessas do
rádio do Rio Grande do Sul. De fato, ano a ano, cobertura a cobertura,
organizando o trabalho ou indo para o microfone, ele iria se consolidar como um
dos mais qualificados profissionais do rádio esportivo gaúcho, não só, como
muitos, voltando-se ao futebol, mas, como poucos, dominando diversas outras
modalidades. Tudo sempre com uma dedicação ímpar ao trabalho e ao veículo
rádio.
Acho que foi no início
deste século que o esporte começou a ultrapassar o jornalismo na vida do
Rodrigo. Durante boa parte da década, nesta área, as grandes coberturas da
Guaíba tiveram na sua retaguarda o poder de organização e de mobilização dele. Foi
no tempo de Luiz Carlos Reche na chefia de Esportes, tendo Rodrigo como seu
braço direito na coordenação. Formado em Educação Física, dando aula em escolas
de ensino médio e buscando mais qualificação em cursos de pós-graduação, o
Rodrigo foi migrando para o ensino e atua, hoje, como professor nos cursos da
área de Educação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.
Não era coincidência,
portanto, o empenho dele em seus tempos de jornalista no planejamento e na
cobertura dos Jogos Olímpicos de Sydney (2000) e de Atenas (2004), fora ter pensado jornadas e jornadas esportivas, seja em
campeonatos estaduais e nacionais, seja em copas do mundo. Na emissora da rua
Caldas Júnior, número 219, honrou a tradição dos que o precederam naquela salinha lá do
fundo do corredor à esquerda existente
desde a década de 1950, mas transformada, mais recentemente, em passado após
uma reforma no prédio.
Cruzei com o Rodrigo também várias vezes no Museu de
Comunicação Hipólito José da Costa, eu pesquisando a história do rádio, ele,
recuperando dados para os mais diversos projetos de livros-reportagem. E vieram
Universíade 1963, Tie-break: a saga dourada do vôlei masculino
do Brasil, A vitória vem dos céus
e Celeste Olímpica: a era de ouro da
Seleção Uruguaia.
Rodrigo Koch no Estádio Olímpico de Sydney (2000)
Fonte: Acervo particular de
Rodrigo Koch.
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