Radiojornalismo teleguiado
19 de abril de 2017
Luiz Artur Ferraretto
Coluna de Flávio
Alcaraz Gomes (20 de maio de 2002)
Fonte: GOMES, Flávio Alcaraz. Ser jornalista. Correio do Povo, Porto Alegre, 20 maio 2002. p. 4).
Uso o texto deste recorte para exemplificar
aos meus alunos a necessidade de contato direto com a fonte, preferencialmente,
cara a cara. Você vai dizer que sou mesmo um sujeito ultrapassado. Observe, no
entanto, que, no contato pessoal, o profissional tem a possibilidade de “sentir”
a reação do entrevistado quando este responde. Isto diz muito sobre a
veracidade da resposta. Se não é possível tal tipo de contato, que se recorra à
mediação tecnológica do telefone. Afinal, rádio é conversa e conversa sempre
pressupõe interação entre pelo menos duas pessoas. Claro que, em algumas
situações, um repórter vai precisar de algo muito rápido, tendo de recorrer ao
Twitter ou ao WhatsApp. Deve ser a exceção e jamais a regra. Agora, me
desculpem, entrevista - entrevista mesmo - não pode ser dada via WhatsApp com
imposições do tipo “grava pra mim, vai”. Esta prática corresponde, passados 15
anos, ao sucedâneo do narrado nesta coluna de Flávio Alcaraz Gomes. A análise é
dele. Limito-me a concordar com o principal repórter da história do rádio do
Rio Grande do Sul, o que sempre se constitui em uma honra.
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