Protagonista ou coadjuvante?
7 de abril de 2017
Luiz Artur Ferraretto
Não é a primeira vez que você vai ler isto.
Nem será a última. Afirmo, no entanto, com certo grau de certeza. O rádio está
morto. Está morto o rádio que aprendemos a fazer nos anos 1970 e 1980, aquele
rádio que fomos fazendo até uns tempos atrás.
Você vai se render ao coitadismo, algo tão
em moda no Brasil? Vai assumir uma vira-latice contagiante? Pretende se tornar
escravo do novo (mesmo sem saber o que é genuinamente novidade)?
Pois é. O rádio da segmentação morreu e, em
seu lugar, já surgiu o da convergência. Para seguir vivo, deve ser outro. Há
que conviver com redes sociais, produção de vídeos e fotografias...
No entanto, quem quer ser protagonista
precisa sair do imobilismo. Principalmente, sair do estúdio, gerando algo
fundamental: proximidade e relacionamento.
O rádio precisa invadir escolas e ir ao
encontro de alunos das redes pública e particular, tornando a escuta
interessante para jovens. Eles vão querer se ouvir... E se ver. Lembre-se de
postar conteúdo nas redes. Áudios, vídeos, fotos etc.
O rádio precisa invadir lojas, negócios,
supermercados... Precisa falar destes locais em promoções as mais diversas. Vai
gerar mais clientes do que simplesmente o anúncio perdido em intervalos nos
quais a atenção do ouvinte baixa para zero.
O rádio precisa invadir o palco de ação dos
fatos. Falar de onde a notícia é gerada, dando voz aos protagonistas, às
testemunhas, aos especialistas...
A ocupação do espaço deve se embasar na
técnica, no profissionalismo. Isto significa valorizar os recursos humanos. E
não apenas os equipamentos.
O rádio precisa falar grosso e ter coragem.
Covardia é falta de criatividade. É ser só coadjuvante. E isto não interessa a
mais ninguém.
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