Para deixar de fazer mais do mesmo
6 de janeiro de 2016
Luiz Artur Ferraretto



Do meu livro Rádio - Teoria e Prática (p. 77):

Ao definir como segmento uma parcela de público já atingida por emissoras concorrentes e como formato um modelo semelhante ao delas, deve-se, obrigatoriamente, oferecer diferenciais aos ouvintes. Isto será possível apenas se a proposta de identidade for diversa das demais. Caso contrário, a possibilidade de obtenção de audiência significativa tende a se reduzir bastante. Talvez fique condicionada, inclusive, à contratação de profissionais das concorrentes.

Explicando:
Por que motivo o ouvinte vai escutar a sua rádio se a concorrente oferece o mesmo que você há mais tempo e com muito mais recursos? Convença-se de uma coisa: a sua rádio está fazendo mais do mesmo e com menos condições. Lembre-se: “identidade” é a cara, a personalidade, o jeitinho particular de uma emissora. No contexto da convergência, é bem possível que os resultados sejam reduzidos mesmo contratando os profissionais de microfone da rádio líder do segmento. Aliás, há algo sobre o qual muita gente ainda não se deu conta: na atualidade, bons gestores e bons profissionais de inteligência de mercado valem mais do que alguns “campeões de audiência”. Repórteres e produtores eficientes também.

Rádio - Teoria e Prática, publicado pelo Grupo Editorial Summus, pode ser adquirido via internet: http://www.gruposummus.com.br/summus/livro/1393/Rádio

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