Lição dura de entender
5 de janeiro de 2017
Luiz Artur Ferraretto
No rádio do Brasil, há anos, gestores confundem segmento e
formato. O primeiro representa o “corte” em si do público e, por consequência,
dos anunciantes. Implica definir para quem será voltada a programação. O
segundo significa como vai ser trabalhado o conteúdo. Várias emissoras podem
disputar o mesmo segmento com formatos diversos. Por exemplo, aqui em Porto
Alegre, em meados dos anos 1980, Gaúcha e Guaíba faziam isto. A rádio da RBS já
adotava o talk and news e a da
Caldas Júnior trabalhava com o música-esporte-notícia. Na atualidade, em
diversos mercados, existe um problema que pode se agravar. Várias emissoras
disputam o mesmo segmento com formatos muito semelhantes. Sem notar diferença
entre as estações, o ouvinte acaba optando pela que possui mais recursos
humanos e técnicos. Acontece em várias praças e, gradativamente, leva à
eliminação da concorrência ou a redução desta. Trata-se de algo ruim para todas
as partes envolvidas. E fatal para algumas delas.
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